LIVRO
RETRATOS – AS RUAS
ÍNDICE
Biografia
Retratos- As Ruas I
Retratos – As Ruas II
Tributo a Parapuã
Minhas Ruas
Jovens Recordações
Rua Antiga
Ainda Ontem
Doce Retrato
Ruas
Erra Assim Antigamente
Velha Casa
Meu palácio
Suave Retrato
Quase Menino]
Anos Dourados
A Magia dos Poemas
Cadê Menino Cadê
Meninice
Tributo a Gonçalo
Meu Pai
Mágicos Anos
Roteiros
Velhos Retratos
Naquele Pedaço de Rua
Janelas Verdes
Tributo a Nossa Tupã
Cinzas
Pai
Versos no Teto
E Agora Carlos
Livro
Retratos,
As Ruas
Nasci quando o sol surgia
Manhã de setembro, quinto dia
Mamãe trinta e sete, papai
quarenta
Quatro irmãs me antecediam.
De parto normal, forte menino
Quem me viu primeiro foi a
parteira
Também sei que ela era enfermeira
E segundo minha mãe foi a
primeira
A dizer que eu era forte e
bonito.
Foi lá no final da " Chavantes"
Número não sei, casa de
madeira
Anos cinquenta, quase
primavera
Vagas lembranças, mulheres nas
janelas
Crianças peladas brincando na
terra.
Depois de alguns anos, a mudança
Paiaquás, rua quieta, beira da
linha
Cheiro de tinta fresca, gritos
pela casa
Ecos, e um pé de amora na beira
da cerca
Vapor, serraria, brinquedos,
fogueira
Nas tardes meu pai me levava pra
estação
E ali extasiados vendo os
carros, os vagões
Eu lhe dizia os meus
sonhos de então
Para ele um calhambeque, pra mim
um carrão.
Primeiro ano,
professora primeira
Dona Aparecida, bondosa, faceira
Segundo grupo escolar, perto da
avenida
Onde hoje funciona os
Bombeiros
Em tempos de chuva, pela
Nhambiquaras
Descíamos da Paiaquás, cruzando
a Tabajaras,
Atravessávamos às vezes
fortes enxurradas
E já na Mandaguaris, ao cruzar o
Jardim Dom Bosco
Fascinava-me a
grandiosidade daquela estátua
Um homem tal qual gigante, um
menino
Um sentimento no peito profundo,
divino.
Quando já no segundo ano, outros
planos
Caminhão, mudança, vômitos de
banana
Poeira da estrada na cara, entre
bugigangas
Flores, cachorro e
samambaias.
Cidade pequena, duas longas
avenidas
E lá quase no fim de uma delas,
numa travessa
Casa de madeira velha,
empoleirada, enegrecida
No quintal muita areia e uma
grande paineira
E um festival de baratas.
As tarefas rotineiras, rachar lenha,
puxar água
correr atrás das galinhas,
e a noite ir na esquina
ver um cearense cantar: “Noite
cheia de estrelas”
Às vezes também sair em
desabalada carreira
Correr do medo, em um passeio
qualquer
Passar a ponte mal assombrada
Onde diziam ter achado algumas
caveiras
Chegar em casa aliviado, mas com
muita canseira.
Mas lá para as bandas
do centro da cidade
Meu pai conseguiu um terreno, de
esquina
Ali fizemos uma casa, uma
primavera ao lado
E em frente, um grande e
belo gramado.
Doze anos, quarta série, um
menino apaixonado
Menina de verdes janelas, de
olhos esverdeados
Uma amizade sincera, um
sentimento escondido
um amor que agora eu sei, nunca
foi correspondido.
E nem só aquelas janelas
Deixei em versos estampado
Ficou teus olhos, teu riso aberto
Teus passos ecoando no asfalto
E as ilusões daquele menino apaixonado.
Belos tempos aqueles do ginásio
Saía de casa, seguia avenida afora
Dobrava a rua do cinema
E pela rua Alagoas, sem problemas
Íamos pra escola, eu, o Gava
A Regina, O Valdeci e por vezes outros amigos
Parece mentira, mas inda ouço em meus ouvidos
Aquele gostoso alarido dos intervalos.
Coxinhas da Dona Isaura
Burburinhos em salas de aula
" Fusquinhas" em comemorações
Salão nobre, orfeão
e o " Doda" procurando pelo espaço
O time dos engraçados
Mas quando ele nos olhava
Ficávamos todos comportados.
Por fim a formatura
Primeiro terno, salão de costura
Entre o cinema e a avenida
Seu Josino, grande homem, bom amigo
Dou-lhe um merecido lugar neste poema.
Colação, baile no " Galinheiro"
Luz negra, emoção
Bate mais forte o coração
Leopoldo e sua orquestra no salão
Ultima valsa, última canção
olhos nos olhos, suor nas mãos.
Início do ano de sessenta e oito
Alcei um pequeno voo então
Entrei no meu " Curso Normal"
Cidade de Tupã, Índia Vanuíre
Instituto de Educação.
Toda segunda, trem das nove
Rumo a Herculândia, eu e meu pai
Saudades vem, saudades vai
Balanço que vai entoando
cantigas iguais.
Calhambeque do seu Artiminho
Fumo de corda, pó de serra, serraria
E a noite, " Latão" seguindo de mansinho
Pra escola todo dia
Entre idas e voltas e cantoria.
A meia noite quando eu voltava
Seguia sozinho na rua vazia
O latido dos cães nas ruas em sinfonia
Trilha sonora pra versos que nasciam
E meu pai que acordado me aguardava
a gente conversava
e caia no sono pra recomeçar noutro dia.
Era assim toda semana
O sábado chegava
a gente fazia a mala e partia
O trem noturno das sete nos esperava
E pra nosso aconchego a gente ia
Final de semana, minha mãe, minhas irmãs
Minhas doces e verdes janelas
Ah! meu Deus quanta alegria.
No ano seguinte, transferência
Deixei Tupã, fui estudar em Lucélia
Satiko, Laudeci, Gava, Glicéria
Maria Lucia, Duareski
E as meninas de Iacri
Diva, Tereza, Marlene
E em princípio, táxi do Lombardi
Idas e vindas tão lindas
Depois, trem,
Tempo bom que não mais vem.
Vinte anos, bagagem nas costas
A porta aberta, abraço apertado
O trem na estação parado
Três longos apitos, um último aceno
Hora de dizer até mais pro meu doce passado.
A estação foi ficando um ponto distante
Passei o pontilhão, revi todas as ruas
As casas desfilavam em correria
No peito um dor dilacerante nascia
E naquele balanço da viagem
Eu fazia a minha passagem
Do final da adolescência pra mocidade.
O trem rompendo a madrugada
As primeiras luzes, as primeiras casas
Coração em sobressalto
Só ruas desertas, paisagem adormecida
Subúrbio e silêncio em mais nada
Somente aquele apito insistente
Anunciando a chegada.
Depois os prédios, as avenidas
Aquela imensidão de luzes coloridas
Estação da Luz, São João
Duque de Caxias, Sorocabana
Júlio Prestes, Osasco e Vila Yara
Uma casa azul, portão ao lado
E no fundo, alguns quartos
Cama de campana, pulgas, sereno
BHC sob os lençóis, bengalas e pingados.
Primeiro trabalho
Cidade de Deus, Cobrança Fora
início do mês de março
Poesias nascidas em papel amarelado
Amigos nascentes, tragadas em cigarros
Mudança pro quarto 54, Conjunto C
E aos domingos pro aconchego da " Gonçalo"
Rua de árvores quietas e empoeiradas
Um amigo pra uma vida inteira
Peladas na serraria, caipirinha e macarronada.
Cursinho à noite na cidade
Consolação- Etapa, Liberdade- Capi vestibulares
Ônibus lotados, prostitutas nas calçadas,
Obras do metrô, tempo de repressão
Uma linda canção
" Pra não dizer que não falei das flores"
Policiais, metralhadoras, medo, agonia
Pesadelos, gritos, noites frias e dores.
Nossa alegria: Cinemas na cidade
Copam, Cinerama, Espacial
lanchonete em finais de semana
Cerveja, xburger, Campari
Cavalos d pau, que saudade
Gatinho Drulhinho, Auto cine Moon
E O Hélio Ribeiro no radio
canções traduzidas, emoções contidas
partidas, chegadas
Roupas no varal dependuradas.
Mas foi na " Sacadura"
Um imensa rua de apenas um quarteirão
Que me viu tantas vezes noite afora
dobrar a Santa Terezinha
que deixei meu coração
E em seu lugar levei tantos afetos
Dei adeus pros meus amigos
E voltei peito dolorido
Pros braços do meus pais e meus irmãos.
Chorei na partida, chorei na chegada
Mas era preciso seguir a caminhada.
22/07/2015 - quarta- feira-23h48
Casa de esquina, doce madrugada
Chegada, abraços, mochila, lágrimas
O cenário agora modificava-se
E as saudades uma vez mais acumuladas.
Trabalho fora, um pouco distante
Era o que se tinha pra viver agora
Não mais Osasco, nem Bradesco
Nem Vila Yara, nem mais nada.
Nem mais almoço aos domingos
na " Sacadura" tampouco na " Gonçalo"
Aquelas ruas, aqueles entes queridos deixei guardados
Pra sempre no fundo do meu coração
"debaixo de sete chaves"
Tudo aquilo agora um doce retrato
Emoldurado pra sempre nas minhas emoções.
Música sertaneja, cavalos, poeira
Que hoje faceira em mim se levanta
Nossa Caixa, Pacaembu, cidade primeira
Hotel São Paulo, quarto de pensão
Linguiça ensopada, queijo empanado
café da manhã, almoço, janta
e sessão de cinema a semana inteira.
Chegava-se quando a tarde de domingo já descia
Voltava-se de trem nos finais de semana
Parapuã- Pacaembu, Pacaembu- Parapuã
E o tempo todo uma louca vontade
De romper a distância das cidades
Pacaembu, Parapuã, Osasco: saudades
Deixar pra trás aquele cenário
e nadar feliz de volta pro meu aquário
Ali estava eu repleto de saudade e mágoa
Um verdadeiro peixe fora d'água.
Mas foram tão poucos os meses
Deixei Rita, Tião, Milton, Alexandre ,
Luiz Antonio, Alécio, Rosa e Neide
E tantos outros amigos dos quais me lembro muitas vezes
Entre lágrimas contidas que ninguém imagina
Deixei Pacaembu para sempre
Cheguei em Adamantina
Hotel Santo Antônio, em princípio
Edgar, Joel, Rua Deputado Salles Filho
Depois viagens todo dia
Mal amanhecia
Duas quadras de casa, estação rodoviária
Expresso Adamantina
Destino Nossa Caixa
Lenir, Álvaro, Luíza, Gilberto, Idalina
Neusa, Carmo ,Sonia, Ana ,Alice,
Carlos Lacir. Dirce e Edite
Novos amigos
Risoles à tarde, banco de jardim
Corcel do meu amigo Salvador
Faculdade em Lucélia, hora de ir
Hora de volta, meia noite,
Silenciosa rua Paraíba em minha cidade
casa de esquina, pequena, divina
Quatro anos nesta vida
Diplomado:
Um adeus , coração apertado
Don't cry for me Adamantina
Tupã, Nossa Caixa, esquina
Tamoios, Carijós, novos amigos
Curso de direito, casa da minha irmã
E nos finais de semana, Parapuã
Meus pais, minhas lembranças
vida nova, mudanças.
Foi assim o ano inteiro
Depois pra uma casa
nos altos da Santa Casa
pequena, acolhedora, bonita,
Minha mãe, eu e meu pai
deixamos um "ai" de saudades pra trás
Um belo tempo, toda uma vida
Desenhada naquela antiga moradia
que ficou em nossos corações estampada
pro resto dos nossos dias.
Uma nova agência construída
Pré-fabricada, a toque de caixa
Aimorés, próxima da avenida.
E por ali, anos e anos
chegaram amigos, amigos se foram
amigos partiram
Curso terminado, formatura
Álbum de direito, foto na parede
Minha mãe, amor desta vida
fez sua despedida
e em 1987 virou estrela.
Fez-se necessário
mudar o local de trabalho
Um prédio na esquina
serviços internos por um longo tempo
Mas é chegado o momento:
Marília ou de novo Adamantina.
Marília, lá vou eu
Joel meu amigo
Sub gerente dos tempos
De Adamantina
Te reencontro sorridente
Agora como meu novo gerente
ônibus cedo, ônibus à tarde
viagens
daqui do Serag Tupã fomos eu e a " Galli".
Eram corridas nos finais de tarde
ônibus não espera
se você se atrasa, parte.
Mas logo me acena
uma quase volta
Adeus novamente, adeus Marília bela
novo salto, nova agência
Quintana me espera
De braços abertos,
Bem mais perto, bem mais perto
O Cristo no trevo, a rua comprida
Uma predio pequeno, bonito
E aconchegantes amigos
pra uma vida inteira.
Ali tive histórias que guardo comigo
Foram nove anos muito bem vividos
Churrascos, assaltos,
tratores no asfalto
Protestos de agricultores
Quintana!
Dos meus jardins
Tu foste uma das mais belas flores
Mas veio o tempo
chegou o momento
E por trás dum triste sorriso de Adeus
deixei os braços teus
E voltei ao palco que me viu nascido.
Não que eu quisera ter vindo
Quintana era um jardim florido
Nove anos ali vividos
Já quase me tornara um de seus filhos
Lutei, mas não teve jeito
Mesmo a contra gosto, contrafeito
Fui requisitado, obrigado
E assim me vi transferido.
Era reabertura dum posto de serviços
Em princípio, eu e mais um amigo
Foi uma boa convivência
"Miranda" era um cara especial
Bons clientes, bom clima
Eu não queria era voltar pra agência central
Mas uma terrível doença
Não tardou a levar meu amigo de serviços
E em decorrência disso
tempos depois fui transferido
Foi mal mas foi bom em outro sentido
Apesar de muita pressão e cobrança
O aconchego de bons amigos
Mas sede de lucros, metas diárias
Eram como setas que nos deixavam aturdidos
E vencendo dia a dia, cada etapa
Chegou 2008 e eu havia cumprido
Meus trinta e oito anos de serviços
Gloria a Deus e Virgem Maria
Saí imune nos braços da aposentadoria.
Fiquei saudoso dos afetos que ficaram
Pra ver o Nosso banco ser vendido
E foi mais triste um pouco mais à frente
Ver todo aquele cenário destruído
O fogo consumiu todas as lembranças
As labaredas transformaram tudo em cinzas
E hoje se passo por lá ainda
Tudo o que vejo é um muro alto
terreno vazio
E um vazio imenso de todo aquele
passado
Faustino Poeta
28/04/2017 - sexta-feira - 13h31
Retratos
As Ruas I e As Ruas II
Retratos
- As Ruas I -
Passar o pontilhão, cair na avenida
Que se abre, alegre, simples, bonita
Dobrando o primeiro quarteirão, à esquerda
Após ele, estampado na esquina,
o parque infantil, a caixa d’água,
A casa da Dona Maria, da Tania
Do Ademar, Toninho e Albertinho
E apenas a dois passos a pé
A casa do Mauricio, Ivanilde, Nené
Entretanto, seguindo mais adiante
Sentido estação, um quarteirão apenas
Logo à direita, Rua Goiânia 1307
A casa de uma grande família
Moacir, Pedro, Kiki, Maquininha
Edna, Ednéia, Maurilio e Cecilia.
E bem defronte a casa do Mirão
Da Marineves
Um lindo pé de paineira
Coberto de Maracujá
Balanços e brincadeiras
Amizade verdadzeira
E bem defronte, a casa do Mirão, da Marineves,
Um lindo pé de paineira, coberto de maracujá
balanços e brincadeiras
amizade verdadeira;
E não me lembro bem ao certo
Mas morava ali por perto
A minha também amiga
Ivete
Mas se ao adentrar e escolher dobrar
O segundo quarteirão à direita
Chega-se a casa de grandes amigos
Marlene, Mi, Lucimara e Luizinho
E bem defronte, a casa do Valdeci
Cidinha, Donizete e Carlinhos.
Passa o pontilhão, cair na avenida
Que se abre alegre, simples e bonita
Se dobrar o terceiro quarteirão à direita
Na próxima esquina, a casa do Carlão
Bete, Vera e Cristina
E quase defronte, a casa da Lucia
Marcio, Lidia, Inocente, Deen
Zezé E Regina.
E seguindo rua Paraíba afora
É só atravessar a esquina, bem perto
A casa do meu amigo Gilberto.
Passar o pontilhão, cair na avenida
Que se abre alegre, simples, bonita
Dobrando o terceiro quarteirão
Agora à esquerda, a casa do Agostinho
A praça da matriz,
Mas se cortá-la em diagonal
Chega-se na antiga casa do Clorisval
Tendo ali logo a direita, o Salão Paroquial
Donde se avista em frente, o Grupo Escolar
E da casa do Clorisval, seguindo adiante
Alguns quarteirões à frente, O ginásio estadual
Salas de aulas hoje silenciosas
Saudades Dona Vanda
De sua preciosa aula de matemática
Temática álgebra, e sua frase histórica
“A matemática é para a vida,
como Deus é para a eternidade”
Ali base, conhecimentos, comemorações
Desfiles, amizades, canções inesquecíveis
Momentos memoráveis, saudades.
Passar o pontilhão, cair na avenida
Que se abre alegre, simples e bonita
No quarto quarteirão, na esquina
A sapataria do Angélico, a casa da Sonia
Silvia, Silverley e Sergio
E no quinto quarteirão à direita
Logo ali na outra esquina
O Clube social, “ Galinheiro”
Noites de luz negra, olhos nos olhos
A sensação do amor primeiro
E no quinto quarteirão à esquerda
Seu Gentil, Jacó, Amélia, Tania. Telma
O cinema, programa certo nos fins de semana
Um toque leve de mãos, um olhar furtivo
Um beijo roubado no escuro
Eu juro, tudo isso ainda me emociona
E bem ao lado, um salão de costura
Seu Josino, grande homem, grande amigo
Que fez meu primeiro terno, o de formatura
Pai do Sidney, Osvaldo, marido de Irene
E tio da Marilene
E por ali, quase em frente, número não lembro
A casa da minha agora amiga Christina
Uma linda menina, uma beleza morena
Mais uma flor que naquele jardim floresceu
Por um bom tempo.
Enfim
Quando passar o pontilhão, cair na avenida
Por todos os lados, por todos os cantos
Lembranças de tantos amigos e amigos tantos
Amigos que já partiram, amigos que já se foram
Mas que estarão sempre guardados
E nos corações eternizados
Revivendo tudo assim contido nesse tempo
Amores, adolescência, sonhos, esperança
Ficar estático assim por longos momentos
Fotografar todas essas lembranças antigas
E guarda-las no álbum do coração
Pra sempre, por toda a vida.
Memórias de Parapuá
Faustinopoeta
24/11/2011 -quinta-feira -09:38
22/02/2021-terça-feira -21:36 (revisão)
Retratos
-A s ruas II –
Passar o pontilhão, cair na avenida,
Que se abre simples, alegre e bonita,
Se dobrar à direita, primeiro quarteirão,
Encontrarás a casa da Sandra,
do Alceu e da dona Encarnação
E um pouco mais abaixo, a casa da Railda,
Rosalice, Romilda, Reynaldo e Regina.
Mais uns dois quarteirões à frente,
Prefeitura, Foto Aurora,
Mercearia Lisboa e bem ao lado
A casa do Tuffi, da Mafalda e a padaria,
Hotel Avenida, Café Canaã
( bar do Toninho)
E passando a esquina
Chiquinho dentista
Farmácia do Zoilo, casa Barradas
Bazar do Aristides e do Yamazaki
Gráfica Luis Mazine
Dalla Pola alfaiataria
Sapataria do Salvador Ricco
Pai do nosso amigo Kiko
Seguindo um pouco adiante,
Avenida Pernambuco,
Descendo por ela à esquerda,
na próxima esquina,
serraria, toras, poeira, antigas brincadeiras,
Primeiras companhias, Mercedes, Dida, Rosinha,
Bete, Sonia, Neli, Flávio,
Roseli, Afonso, Dona Maura, doces vizinhos,
Por ali também moravam minha irmã e três sobrinhos.
Um pouco mais na “baixada”, uma máquina de café,
Luís Carlos, Betinha, Cidinha e também, Zequinha
Os filhos do seu Nicanor,
Um lugar de trabalho e também de muito amor.
E bem perto da ponte, uma grande horta,
E se não estou enganado,
Seu Juvêncio e família, cuidavam daquele espaço,
Seguindo um pouco mais à frente,
bem doutro lado da rua,
o barzinho da Emília, transparentes vidros,
fartos pedaços, de pães de ló, dum delicioso amarelado,
Surpresas em caixas de doces, correntes, brinquedos
Anéis e outros jamais vistos ou sonhados
Por ali sempre eu passava, em desabalada carreira,
Diziam que naquela “baixada”, a ponte era mal assombrada.
Mentira, verdade, melhor correr, nunca se sabe
Um pouco adiante da avenida
Numa rua logo à esquerda
A casa de uma grande amiga
Lurdes, Dona Antonia
Seu Vitalino, Margarida
Marilene, Marta, Marcos, Marcio
Marcolino, quantas saudades
A rua onde então morava,
ficava somente a duas quadras,
da Avenida da Saudade,
dali se via quase toda a cidade,
E o som do alto-falante, por lá de manhã, de tarde,
Às vezes a gente assustava,
quando o som da Ave Maria,
Tão triste por ele soava, era notícia de morte,
Mas pra compensar o susto,
também haviam canções
Que embalavam a alma ou assanhavam corações.
Vez ou outra na esquina, da rua em que eu morava,
Um cearense sentava na porta da fábrica de fogos,
Faísca denominada, e com seu violão cantava:
“Noite alta, céu risonho, a quietude é quase um sonho,
O luar cai sobre a mata, verdejante, cor de prata,
Com tamanho esplendor, só tu dormes não escutas o teu cantor...”
Depois de certo tempo, mudei mais pro centro da cidade,
Guardei num canto do peito, lembranças daquele espaço.
Mas pra alguns versos acima, voltemos por um instante,
Vamos chegar novamente na Avenida Pernambuco,
E ao invés de dobrar pra baixo, pra esquerda agora vamos,
Casa Dias na esquina tendo ao lado a sorveteria
Do nosso amigo Ademar Yamasaki;
Mas seguindo um pouco a frente, mais amigos encontramos,
Tereza, Ademar Penha, Solange, amigos que reencontrei
Depois que se passaram muitos anos.
Lá pras Bandas do Ginásio, Alice, Celso Tsubaki,
Também por ali funcionava, antigo grupo primário,
Um quarteirão inteirinho, recheado de saudades,
Na hora do nosso intervalo, no muro encavalados,
Pedíamos no bar da frente, refrigerantes, doces, salgados,
Da nossa amiga Helena, o pai era o proprietário.
E só lá no final da avenida é que ficava, a casa do Zé Callegari.
Não me esqueci dos amigos, ao cruzar a “Alagoas”,
Meu coração bateu forte, “Pra direita” “Pra esquerda”,
Nas manhãs sempre em passava, desde o quarteirão da igreja.
Seu Josino, Dona Irene, Sidney, Osvaldo e Marilene,
Quase no final da rua, por ali também moravam.
Dona Terezinha, Ismênia, Eliane,
Elvio Crés, Paulino Carrara,
Subindo “Alagoas” afora, se não me falha a memória,
Seu Agostinho, Zuza, Luiz Carlos, Rosa Maria...
Onde mesmo morava o “ Doda”?
Enfim seguindo adiante, Cinda Clarice, Surubim, Zé Tofolli.
Chego à rua do cinema,
Dona Maura, Sonia, Bete,
Roseli, Flavio, Neli, Dida e Raulzinho
de novo morando vizinhos,
Marilu, Dunha, Rosa Cabrera,
Cida, Aldemir Morales e Francisca,
Walmir Teixeira, Clarice, Nilton
Wilton, Marlinda, Guinin,
Pigmeu, Arnaldo e Christina;
onde morava mesmo o Kiko?
Na Rua Sergipe abaixo,
entre a “Paraíba e a Avenida”?
Depois Alagoas acima,
Amigos, Ortiz e Melotti,
Delcio, Dirceu, Dirce, Dalci Alves,
Professora Heleninha e Nina,
Chega-se ao Jardim
, Maria Isabel e Francisco,
Fonte Luminosa,
canções do Roberto e pipocas,
Sábados e domingos,
amigos ou namorados,
Solteiros ou casados,
que por ali passeiam, passam,
Ou então ficam sentados,
ladeados de arvoredos,
Tendo por companheiro,
o antigo prédio do Correio,
A casa do Isidoro, da Cibele, da Solange,
Que agora moram tão longe,
Mas nunca estarão distantes
das lembranças da cidade.
Perdão meu saudoso amigo
Meu eterno amigo Glauco
Não me recordo onde moravas,
Mas estará eternizado
Em todas aquelas ruas,
Onde deixaste teus passos.
Mas se adentrar a cidade
e seguir avenida afora,
Sem dobrar qualquer esquina,
Depois de todo o comércio,
Bem depois da Perambuco
Maria Luisa Cinacchi
Com seus pais ali morava
E bem lá no fim da “baixada,”,
A casa da Umbelina, dos Pacheco,
E do Osvaldo, meu cunhado.
Passar o pontilhão, cair na avenida,
Que se abre alegre, simples e bonita,
Dobrar a primeira rua à esquerda,
E caminhar só um pouco,
Passar pela casa do Alcides,
da Cleuzinha,
E já de longe dá pra divisar a estação,
como se inda ontem fora,
O trem no seu apito de magia,
o corre-corre de uns,
sorrisos de alegria
presente em toda chegada,
Abraços de despedidas
lágrimas nas partidas,
A “Jabiraca”, linda
parece inda estacionada,
No fundo de nossas saudades
foi tudo o que nos restou,
Mais nada.
Mas descendo pela avenida afora,
Na segunda esquina, Luiz Gava,
Loja e residência,
A adolescência é que agora retorna à memória,
Amigos de outrora, de sempre,
E um quarteirão abaixo apenas,
De um lado, Beto, Joel, Dona Nair,
Do outro, Gildo Soares, Geny,
Fausto Bonfim, Guiomar,
É todo um mar de lembranças que explode,
Dos meus tempos de criança, de rapaz.
Dali, Paraíba afora, em cada casa,
em cada esquina que se passa,
Estampa-se uma expressão, um rosto,
Sandra, Silverlei, Sueli, e também por ali,
Lurdes Martins e Gilmar,
E bem ao lado da minha
Inesquecíveis Seu Vicente, Dona Hilda,
Lurdinha e seus irmãos
Piano e um mar de lindas canções
E em casa que foi de Regina, Zezé,
Dona Lídia, Inocente,
Lucia, Marcio, Maria do Carmo,
Padre Jeronimo e Norma
Foram morar.
Cruza-se a “Rafael Alonso de Campos”
e bem na esquina, Casa do Quincas, da Terezinha,
Eu acho que inda estou certo, na rua logo abaixo,
A casa da Creusa, da Cleide, da Santa e do Pérsio.
Mas quase perto da esquina
Subindo rua acima
Casa do Reimar, da Laura Perez
Bem antes de cruzar a avenida
Mas se cruzá-la
Seguindo rua afora
A casa do Daniel, Reinaldo
Odete, também Celinha
Canções numa garagem
Brincadeiras dublagens
Vamos Paraíba afora,
tendo sido um certo tempo
Denominada “Eleutério”,
um pouco a frente da minha,
A casa de um bom amigo,
querido, saudoso, Gilberto,
Passando a casa do Zinho,
do Rui e de toda a família,
Chegamos a casa das ‘Dirces”
da Dirce, Darci e da Dulce,
Tendo quase ali por perto,
a casa da Sonia, do Silvio,
também do Silas e do Sergio.
E numa rua que se cruza e desanda
lá pros lados do Estádio,
Nela também se estampa
lá no fundo da s lembranças,
A casa da Jane e Julinho.
Eram dois quarteirões apenas,
da casa que eu morava,
Até a rodoviária, hoje já antiga,
pois outra já foi construída
Mas nos tempos de outrora,
ficava ali na Avenida,
Bar da Mamãe, Bar da Tania
, ônibus pra todos os lados,
E o alto-falante, saudade,
“A voz democrática da cidade”.
“Voltando pra” Eleutério”,
agora já “Paraíba”,
A um quarteirão das avenidas,
São Paulo e Pernambuco,
A casa da Adelina,
Doutor Edmundo, Julinha,
E a antiga casa da Dida
, defronte a delegacia,
Tendo só um passo a frente,
a casa do Joaquim,
da Amélia, João e Arlindo,
Como é tão doce, tão lindo,
passear pela cidade,
E rever cada canto,
recordar cada amizade.
Revivendo tudo isso
assim contido nesse tempo,
Infância, adolescência,
amores, sonhos e esperanças,
Ficar estático assim por momentos,
fotografar todas essas coisas antigas,
E guarda-las pra sempre no álbum do coração,
Por toda a vida.
Faustino poeta
06/11/2013 – quarta-feira - 01:17 15:42
22/02/2021-terça-feira -21:36 (revisão)
TRIBUTO A PARAPUÃ
Parapuã, cidade coração
Das minhas verdes janelas
Casas quietas, ruas desertas
Parapuã, pequena na sua imensidão
Acalenta tantas lembranças
Tantas vozes antigas tu abarcas
Tantos risos de quimeras
Tantos sonhos, tanta espera
Nas tuas ruas caladas
Tão distante, mesmo perto
Esta Parapuã adolescente
Menina cidade, que ainda fascina
Por conter tantas lembranças
Saudades das madrugadas
Em que O Prata passava
Lá na esquina de casa
Aporta entreaberta
Minha ma~e me abraçava
O meu pai me esperava
Velhas casa de velhas tábuas
Pintadas de amarelo
Parapuã já me viu menino
Adolescente, hoje me vê adulto
Em tuas ruas me perco
Em teu eio me encontro
Também sou teu filho
No meu coração tens abrigo
Nos meus versos te retrato
Parapua, por tudo, muito obrigado
Faustino Poeta
18/08/20122-sábado-01:20
MINHAS RUAS
Chavantes, final de rua
Apito de serraria
Já acena a primavera
Em setembro o quinto dia
Da semana a terça feira
Nem muito sol e nem lua
São nove meses de espera
E nasce um novo rebento
Dali só poucas lembranças
Deste pedaço de infância
Aos cinco anos, mudança.
Ecos na casa vazia,
Paiquás e tinta fresca
Amoreira no quintal
Búricas sobre a parreira
Ate quase nove anos
Meu Deus quantas brincadeiras
Trem partindo da estação
Crianças portão aberto
Sai correndo o velho cão
Sangue e chutes e gritos
Mordidas e o Seu Francisco
Vizinho rolando ao chão
Fogueiras de Santo Antonio
De São Pedro e São João
Bem ou mal, nada perdura
De repente vem mudança
Poeira de estrada, tralhas
Cachorro e samambaias
E vômitos de banana.
Mas is que logo acena
Parapuã tão pequena
Estendendo os seus braços
Feito duas avenidas
A partir do pontilhão
Um L Pura emoção
São Paulo com Pernambuco
Casa velha de madeira
No quintal uma paineira
Maranhão, meia, nove, meia
Pó de serra nas retinas
Serraria e menina
Entre “ paieiros” e toras
Meu pai ali trabalhava
Depois “ Paraíba” afora
Ergue-se casa de esquina
Jardim com muitas roseiras
Primavera no quintal
Brincadeiras na calçada
Um sutil toque de mãos
Descompassa o coração
Nas faces leve rubor
E meus olhos procurando
Os s olhos do meu amor
Por volta dos dezessete
Ginasial terminado
O trem foi mais um caminho
Por Deus pra mim enviado
Segunda manhã cedinho
Seguir pra voltar no sábado
Morava toda a semana
Pode até dizer: Não sabe!
Com minha irmã em Herculândia
Avenida Campos Salles
Três anos de amizades
Que inda trago comigo
Mas aos vinte de idade
O trem da vida apita
Leva os sonhos de então
Parapuã se despede
Ao passar o pontilhão
Emoção me descontrola
Adeus Oh! doce cidade
No peito brota saudade
Dos meus pais, dos meus irmãos
Em São Paulo bem cedinho
Antes de o sol dar a graça
E inundar com sua presença
Da Luz até a Vila Yara
Seguindo pra Julio Prestes
Pegar o trem do subúrbio
Depois de algumas paradas
Descer no Largo de Osasco
Entre tenso e assustado
Em uma casa azulada
Com muitos quartos ao fundo
Naquela rua encurvada
De nome Avenida Yara
Foi ali que fiz morada
Uma padaria perto
Autoescola e lanchonete
Sereno no colchonete
Pingado de leite e groselha
Radio de pilha na orelha
Pingos batendo na telha
Um símbolo de alegria
Se faltar água algum dia
Muito bem vinda essa ajuda
Pra um belo banho de chuva
Alguns meses e um pouquinho
Sorrir ao ser premiado
Um lugar limpo, novinho
Pronto pra ser ocupado
Cidade de Deus-Osasco
Conjunto C- cinco quatro (54)
Outras ruas que inda guardo
Como se fossem tão minhas
Gonzalo e Sacadura
Também Santa Terezinha
Como é bom relembrar sobre
Tempos de Cuevas Torres
Varanda final de semana
Vinicius, Toquinho no radio
Seu Josino nas costuras
Repleto olhar de ternura
Quão doces são estas lembranças
Saudades que o tempo encanta
A v. Gonçalo Madeira
Casa na beira do rio
Árvores um tanto quietas
Uma rua empoeirada
Caipirinha e macarrão
Discos vinil na vitrola
Lágrimas de quem não chora
Viaja em canções, viaja
E acalenta o coração
No varal dependuradas
Tantas lindas roupas alvas
Versos sendo construídos
Destes belos anos vividos
Rua Gonçalo Madeira
Amigos pra vida inteira
Sacadura tão pequena
Apenas um quarteirão
Onde deixei os meus passos
E também meu coração
Como filho adotivo
Eu tive os meus motivos
Pra chorar de emoção
Quando parti ressentido
Sem esses pais e irmãos
E anos devoram meses
Esses por si levam dias
Seis anos passam depressa
Minha mãe não se avexe
Voltar, voltar mãos em prece
Me abençoa, Ave Maria
Adeus Zezé e Rosinha
Adeus amigos irmãos
Segui viagem inteirinha
Com aperto no coração
Eu não sabia direito
O que sentia em meu peito
Chorar triste na partida
Ao despedir desta vida
Seis anos fora de casa
Deixei ali tanto afeto
Um sentimento completo
Que até no ultimo abraço
Deixei de mim um pedaço
Ao chegar a minha casa
Ao adentrar o portão
Madrugada, rua quieta
Descompassa o coração
Misto de lágrimas, risos
E explosão de emoções.
Todos ali abraçados
Um laço pra toda a vida
Um amor puro, sagrado
Quem tem mãe e pai que o diga
Domingo à tarde eu saia
Aos sábados retornava
De volta à Paraíba
Nos tempos que eu trabalhava
Em ruas de outra cidade
Vereador Gomes Duda
Pacaembu, não muito longe
Até que tive ajuda
Adamantina me acolhe
Ali mais perto, viajo
Venho cedo, volto à tarde
Nos braços de minha rua
Adormeço e bem cedinho
Retorno pro meu trabalho
Tempo corre, passa tempo
Quatro anos vão-se embora
Tantos amigos que tenho
Vão ficando nas memórias
Cidade Natal me chama
Muda o meu itinerário
Vida de idas e vindas
De voltas e viravoltas
Que dor revira meu peito
Quando a casa se esvazia
Quanta vida estampada
Em suas paredes fica
Despedida tão sofrida
Dor que no peito lasciva
Quanto a vejo lá da esquina
Último Adeus, velha casa
Vou te deixar retratada
No profundo do meu ser
Em quase todos meus versos
Enquanto eu puder viver
É Tupã que me acolhe
Trabalho, escola, lazer
Mas algo que não se escolhe
Não vale o nosso querer
É levantar todo dia
Bem antes do sol nascer
Revestir-se de coragem
Viajar pode ser parte
Casa, viagem, trabalho
Trabalho, casa, viagem
Viver assim é uma arte
Viajar mais um bocado
Só aumenta o meu legado
Currículo do meu viver
Nesta fase alguns anos
Uns nove pra ser exato
Depois que voltei pra casa
Não assentei minhas asas
Voei neste breve tempo
Em idas e vindas diárias
Quintana, João Villadangos
Tempo muito especial
Marília lembranças várias
A v. Sampaio Vidal
Na " Conceição" onde vivo
Há tempos perdi a conta
Pra onde vou, pra onde sigo
Só Deus que pode escrever
Das ruas onde passei
Todas deixaram saudades
Todas estão comigo
La no fundo do meu ser
São meus olhos, são meus braços
Minhas pernas e meus passos
Amores que conquistei.
Faustino Poeta
13/01/2018 - sábado -11:00
Jovens Recordações
Aos domingos missa na Matriz
Depois canções na fonte luminosa
Um vai e vem, um sobe e desce
Correios elegantes em dias de quermesse
Amores juvenis, sonhos adolescentes
Abraços combinados num compasso
Do tum tum tum do coração
Jovens recordações, amor primeiro
Noites e noites de muita emoção
Nos mágicos bailes do “Galinheiro”
Faustino Poeta
13/04/2016- quarta-feira -00h10
RUA
ANTIGA
Paraíba,
Eleutério
Ah! O
nome não importa
Ali tem
tanto mistério
Capítulos
duma historia
Tanta
magia,
Construída
a cada dia
Sonhos ,amores
,amigos
Verdes
janelas
parreira,
cajus,
goiabeiras
danças e
brincadeiras
carteado
no quintal
vitrola,
luz negra, canções
Um bocado
de emoções
corações
inebriados
imersos
em ilusões
Rua
antiga. inda habita
dentro do
meu coração
Faustino Poeta.
04/02/2020- terça-feira - 23:14
AINDA
ONTEM
Ainda
ontem, adolescente
Minha
cidade
Palco de
cenas, ruas largas
Arborizadas
Praça,
jardim, cinema
Canções
embalando impossíveis amores
Luz negra
em dançantes noites
Clube galinheiro
E o meu
coração apaixonado pelo amor primeiro
Aínda
ontem, adolescente
Minhas
mãos nas tuas num gesto inocente
Teus
olhos nos vêrsos em minha poesia
Verdes
janelas abertas pra sempre
Ainda
ontem, adolescente
Quão
grandes amigos me deste de presente
Oh! Minha
doce cidade
Hoje em
tuas ruas estampas saudades
Faustino
Poeta
04/04/2024- quinta - feira -13:37
Doce Retrato
Por tantas vezes tiveste-me em teus braços
Por tantas vezes em tuas ruas derramei meus passos
E tuas lembranças todas as deixei em versos retratadas
Foste personagem principal dos meus poemas
Quando distantes só te tive por retratos
Foi no teu berço que chequei menino
E por anos e anos dobrei tuas esquinas
Adolescente me viu rosto quase todo barbado
Partindo entre um
aceno e um choro sufocado
E foi assim vendo tua estação cada vez mais longe
As últimas casas, o pontilhão, o estádio, a minha morada
E a imagem de minha mãe nela estampada
O tempo levou-me por outros caminhos afora
Hoje em mim restam tuas ruas, tuas histórias
Um quadro vivo que sempre terei em minhas memórias
Desta cidade que viu crescer, um dia partir, ir embora
Faustino Poeta
09/12/2013 – sábado -23h20
Ruas
Das ruas por onde andei
Eu trago lembranças tantas
Eu trago lembranças tuas
E de amigos que conquistei
São tantas idas e vindas
Infância, adolescência
Parapuã és bem vinda
Te amo com veemência
A rua do grupo escolar
Segundo ano primário
Logo em frente do ginásio
Hoje Clube Social
Tem especial saudade
Como também não te amar
Morava em casa de esquina
Ao lado uma linda menina
Dum verde lindo no olhar
Paraíba rua antiga
Tu guardas tantas lembranças
Que carrego pela vida
Ali eu cheguei criança
No meu barco a velejar
Eram tantas brincadeiras
Pé na lata, truco, queimada
Por dias e noites inteiras
Danças, canções na sonata
E quando não tinha nada
Logo algo se inventava
Pescaria, salto em vara
Escalada nos barrancos
Desenhos com sombreado
Nada era levado aos trancos
Serestas, canções na varanda
Dum amigo especial
De dublagens até criamos
Um conjunto musical
“Os Carlos” assim nomeado
Um calhambeque no peito
Dublávamos Roberto Carlos
Tudo lindo, tão perfeito
E na matriz, torre alta
Pela escada de madeira
Subíamos lá no topo
Pra ver a cidade inteira
Ao todo éramos quatro
Bt1, Bt2, Bt3 e Bt4
Mas sempre outros amigos
Tínhamos do nosso lado
Também por mera “zueira”
Adotamos um nome `parte
Tudo com muita arte
Bt1 era o Ananias
Bt2 o Jeremias
Bt3 era o Tobias
E BT4 o Zacarias
Agora somos só três
Bt4 foi-se embora
Partiu cedo desta vida
Deixou uma saudade doída
Nem imaginam vocês
Qualquer dia, qualquer hora
Pra esta cidade querida
Pra matar saudades vou
Percorrer sua avenida
Hoje tão linda mudada
Desde o trevo ao pontilhão
E aos saltos o coração
Passando por suas ruas
Com muitas saudades nuas
De amores, de amizade
Palco de tanta alegria
Quão lindos aqueles dias
De infância, de mocidade
Oh! Minha doce cidade
O cinema e a matriz
Vou retratar num poema
Aquele tempo feliz
Faustino Poeta
30/05/2024 – sexta-feira*10h47
]
Era assim
antigamente
Era
assim, antigamente
De manhã,
batendo os dentes
Minha mãe
encorujada
Ia de
dentro pra fora
Vinha de fora pra dentro
O café
coado, e fresco
Da minha
cama me puxava
Então pro
fogão de lenha
Onde
mamãe cozinhava
Ia me esquentar
no fogo
Era frio,
eu tiritava.
O meu pai
logo acudia
Por ali
também sentava
Um bom
copo de “garapa”
(água
doce esquentada)
Um bom
causo, enquanto ia
Esperando
o arroz cozido
com ovo
frito ou linguiça
Que a
mamãe preparava
Pra fazer
sua marmita
Que
levava pro trabalho.
Quando o
dia amanhecia
E papai
seguia estrada
A gente
se espreguiçava,
O sol já
mostrava a cara
Minha mãe
então sorria
Corria a
olhar as horas
Nos
desejava um bom dia
E nos
mandava pra escola
Era assim
antigamente.
E assim
por toda a vida
Mamãe nos
iluminava
Com seu
sorriso bondoso
Com seu
olhar de fada
Nossa
flor mais encantada
Rainha do
nosso lar
Rainha da
nossa casa
Hoje nos
resta as saudades
São
tantas as nossas lembranças
Dos
tempos de mocidade
Dos
tempos da nossa infância
Faustino
Poeta
13/05/2023
VELHA CASA
Abrindo a porteira
Das minhas saudades
Olho a velha casa
Ninguém na varanda
Ninguém na soleira
A luz apagada
A porta fechada
A lua no céu
Afastando as nuvens
Surgindo tão bela
Procura as janelas
Querendo adentrar
Ara! Mas qual
Quem afinal
Vai girar as tramelas
Tirar todas as trancas
Quem das minhas lembranças?
Aqui e acolá
jardim descuidado
É flor, é mato
é mato, é flor
erva daninha
ensimesmado
divago, busco e trago
Abrindo as cortinas
do tempo passado
Recrio, revivo
as antigas cenas
de um lindo espetáculo
A luz se acende
A porta se abre
Das minhas saudades
Dali todos saem
Tão
minha
Ora
abandonada
Tao
bela, calada
Tabuas
amarelas
Meio
desbotadas
Inda
conserva
Todas
nossas histórias
Todos
personagens
É onde
sempre
Mergulho
em viagens
Doce melancolia
E sempre a retrato
Em minha poesia
Faustino Poeta-
04/06/2024- terça-feira –
19:11
Meu palácio
Meu palácio encantado
Todo ladeado de estroncas
Tramelas em portas, janelas
E todas elas com trancas
Um jardim de primaveras
Cravos, dálias,
várias flores
Com rosas vermelhas, belas
E outras de várias cores
No quintal, um poço, um forno
Limoeiro, abacateiro
Cerca de madeira entorno
Paraíso verdadeiro
Na frente um verde gramado
Lindo tapete macio
Que hoje está retratado
No coração de quem viu
O trem passageiro, saudades
De tempo em tempo me acolhe
Me leva pra mocidade
Com meus sentimentos bole
Mas foi doce este passado
Por isso hoje, por certo
Nele às vezes me embriago
E o desenho em meus versos
Faustino Poeta
10/07/2023 – segunda-feira-12h40
SUAVE RETRATO
Nos bailes do “Galinheiro”
Seu Josino, Dona Irene
No salão rodopiavam
Com um sorriso estampado
Tão lindo aquele retrato
Tao saudoso, tão suave
Que inda se encontra guardado
No álbum das minhas saudades
Se a seleção começava
Rapazes em disparada
Escolhiam os seus pares
Se não queriam, as moças
Saiam dos seus lugares
Com um pretexto qualquer
Uma “Tábua” disfarçada
O jeito era dar risada
E tenta uma outra vez
De longe eu só aguardava
Aquela canção mais bonita
E então eu te olhava
E se você aceitava
A gente logo saia
Pelo salão embalado
Naquelas loucas batidas
Do meu coração apaixonado
Faustino Poeta
30/10/2015 -sexta-feira – 23:20
QUASE MENINO
Eu fico esticando o domingo
Enquanto a segunda não vem
Não me procuro no espelho
Com ele não me aconselho
Nem tampouco me engano
Mesmo ao passar tantos anos
Sou apenas o que sinto
Inda sou quase menino.
Quem comigo está na estrada
pode não se aperceber
O menino que inda habita
Todo meu jeito de ser
Nas emoções nos sorrisos
Em todos os meus sentidos
Pensamento positivo
Vou aprendendo viver.
Faustino Poeta
26/04/2013 - sexta-feira -18:17
ANOS
DOURADOS
Uma
canção na vitrola
Um amor
no coração
Os pés no
chão
Num vai e
vem, num compasso
E um
tímido suor nas mãos
Olhos
fechados, só nós dois
Um sonho
que ficou no passado
Mágicos
anos, aqueles dourados
Na rua
inda ouço o eco dos seus passos
O
balançar do seu cabelo
Seu riso
estampado
Um
delicioso “oi” ao passar do meu lado
Hoje és
apenas uma fotografia
Que me
espia
Quando te
busco nas álbum saudades
Os meus
amores, minhas amizades
Mas este
amor criança que cresceu comigo
Que
habitou todos os cômodos da minha mocidade
Hoje
talvez nem lembre que eu existo
Faustino
Poeta
26/07/2012
– domingo – 20:28
A MAGIA
DOS POEMAS
(I-VI)
mote
Me
encantei desde menino
Com a
magia dos poemas
I
Nasci
quase primavera
Mêsm
setembro, quinto dia
Me
acolheu a poesia
Nem sabia
o quão bom era
A sorte
que Deus me dera
Com
tantas bençãos supremas
A vida
tem lindos temas
Sentimento
tão divino
Me
encantei desde menino
Com a
magia dos poemas
Faustino
Poeta
01/03/2023
-quarta-feira - 09:26
II
Transitei
em tantos versos
Velejei
em mil canções
Me
afoguei nas emoções
Amores os
mais diversos
Sentimentos
tão dispersos
Fui
colhendo à duras penas
Inspiração
foi apenas
O melhor
sopro divino
Me
encantei desde menino
Com a
magia dos poemas
Faustino
Poeta
04/03/2023
- sábado -08:35
III
Cada dia
um novo verso
Que
comigo amanhecia
Era a
vida que sorria
Ao longo
deste universo
Muitas
vezes controverso
Mas de
amor repleto apenas
Tristezas
poucas, amenas
Ser poeta
é meu destino
Me
encantei desde menino
Com a
magia dos poemas
Faustino
Poeta
13/03/2023
- segunda-feira - 09:25
IV
Inspirar-se
é entrar
Bem
dentro da alma de alguém
Mergulhar
como ninguém
No fundo daquele
olhar
E o
corpo que se abraçar
Ter
perfume de alfazema
Que
inebria e algema
Mil
versos logo imagino
Me
encantei desde menino
Com a
magia dos poemas
Faustino
Poeta
14/03/2023
- terça-feira -13:43
V
Tantas
palavras bonitas
Fluem,
dos meus sentimentos
Inspiração
são momentos
Meu ser
por dentro palpita
Minha
alma toda levita
Voam
todos meus problemas
Amor, o
meu melhor tema
Já até
ouço som de sinos
Me
encantei desde menino
Com a
magia dos poemas
Faustino
Poeta
18/06/2023
- s´bado - 01:11
VI
Desde os
tempos de outrora
Na
meninice dos dias
Nos
livros, nas melodias
Na
adolescência e agora
Poesia é
toda hora
Um elixir
pros problemas
Fuga dos
nossos dilemas
Dela
nunca me declino
Me
encantei desde menino
Com a
magia dos poemas
Faustino
Poeta
22/05/2023-
terça-feira - 00:00
CADÊ MENINO
CADÊ
Cadê
menino
cadê
Em
qual lugar desta estrada
Na
caminhada te escondes
Pra
onde vais, pra onde?
O
tempo te leva nos braços
Pra
além daquele espaço
Na
linha do horizonte
Cadê
menino
cadê
Cadê
as bolinhas de gude
Que
tu jogavas sozinho
Cadê aqueles momentos
Que a mãe te sentava na mesa
Pra
te por sapato e meia
Com
amor, delicadeza
Cadê
menino
cadê
Cadê
o trem meu menino
Que
os levava e trazia
Cadê
o apito, o balanço
O
largo da estação, a magia
A
morada da tua avó
Na
cidade de Marilia
Cadê
menino
cadê
Tua
casa de alvenaria
Cadê
todos os folguedos
Daquele
pedaço de infância
Cadê
menino
cadê
Onde
guardas tuas lembranças
Cadê
menino
cadê
Cadê
aquela mudança
Pra
uma outra cidade
Cadê
a escola, o amor
Algo
assim tão inocente
Que
nunca foi correspondido
e
se perdeu para sempre
Cadê
menino
cadê
Cadê
as canções todas
Beatles,
Bee Gees, Credence
Cadê
o adolescente
Tímido,
apaixonado
Cadê
o trem do passado
Das
nove, das onze, das sete
Cadê
o abraço apertado
O
choro engasgado
O
aceno de mão
O
adeus à velha estação
Cadê
menino
cadê
Cadê
todos os poemas
De
amor, solidão, saudades
Que
tu semeaste ao vento
Em
tempos de mocidade?
Te
encontras em tantas
lembranças
Mas
porque te perguntas
cadê
Ah!
Foram tantas andanças
Cadê
o amigo
O
filho
Cadê
o pai
O
adulto
Agora
tu buscas indulto
Enquanto
o tempo
te
entrega
as
passagens pro futuro
Faustino
Poeta
04/04/2023-
terça-feira-09:42
MENINICE
De manhã
Os cascos dos cavalos nos paralelepípedos
da rua
Acabavam tornando trilha sonora para os meus
ouvidos
O despertar era mágico
Eram as charretes que entregavam pão e leite
Capô levantado
E as mulheres ao redor batendo papo
Dum lado da casa
O largo da estação quieto àquela
Do outro lado, divisando com o muro, a rua
Ali brincávamos de super-heróis no dia a dia
Quando em férias eu passava em casa de minha tia
Foram muito bons esses tempos de meninice
As viagens de trem
com minha mãe
A saída de Tupã, a chegada em Marilia
O laargo da estação e a emoção que ainda sinto
Quando revivo tudo isso, eu remoço, acredito
Faustino Poeta
12/12//1989 – terça-feira- 16:06
TRIBUTO A GONÇALO
Rua de Árvores empoeiradas e quietas
Muros altos, fábricas, serrarias
E entre elas uma doce moradia
Doce, porque ali muito amor havia
Na simplicidade do olhar, das pessoas que ali viviam
Os ônibus nos deixavam ali nas suas paradas
A rua nascendo à esquerda da avenida
e ao fundo o rio cruzando a estrada
Ainda ecoam nos meus ouvidos os passos
Das idas e vindas, das partidas e chegadas
Das manhãs quando rompendo a madrugada
O sol junto comigo adentrava
Foram difíceis aqueles tempos entretando
Houve muitos momentos felizes
Da Gonçalo Madeira pra vida, pra outras ruas e avenidas
Os nossos passos foram levados
A mocidade partiu sem avisos
E no coração ficou bem no canto guardado
Estes belos tempos da Gonçalo
Onde nasceram saudades, onde nasceram amigos
Faustino Poeta
12/06/2012- quarta-feira -18:01
MEU PAI
Enrolava o fumo de corda
Num pedaço de papel ou palha
Pra depois acender numa labareda
Brasa acesa que lhe iluminava face
Aspirava fundo pra soltar no ar em um segundo
A fumaça que em, caracóis tudo invadia
Deixava o olhar se perder em decaneios
Divagava entremeio à recordações
Doces saudades todas enroladas como
Fossem deliciosos bombons
Saboreadas ao som do rádio que em cima da mea
Deixa fluir melodias que não lhe davam tristeza
Pois só remetiam a momentos bons
Ah! Quão
doce este tempo de nossa meninice
Quando
meu pai, entre uma tragada e outra
Nos
contava coisas de sua vida ou de sua imaginação
De sua
juventude ou de suas paixões
Assim
aconchegados sempre ao seu lado
Sentíamos
cada vez mais abraçados com sua proteção
Pai!
Gratidão por todos os momentos vividos
Tempos
que não voltam mais
Que que
ficarão eternamente comigo
que me
dão saudades, mas me trazem paz
Faustino
Poeta
28/06/2014
- domingo - 23:50
01/08/2023
-terça-feira - 15:58
Lembrança que me consola
Uma canção na vitrola,
Um amor no coração
Num
vai e vem, pés no chão,
Sempre
no mesmo compasso
Um
tímido suor nas mãos,
Só
nos dois, olhos fechados
Um
sonho este meu passado.
Mágicos
anos dourados
Na
rua ainda seus passos
Ouço
passando na esquina
Um
balançar dos cabelos
Na
face riso estampado
Um
oi descompromissado
Essa
era minha menina
O
tempo levou embora
Este
amor mocidade
Nesta
minha travessia
Hoje
é fotografia
De
amores e amizades
No
álbum das minhas saudades
26/07/2012-
Quinta Feira -00:23
ROTEIROS
(De minha cidade- Tupã)
S e entrares na cidade
Pelo trevo principal
Seguindo um pouco adiante
Pela “J. Ari Fernandes”
Tem-se a Rodoviária
De nome “Guerino Seiscento “,
Seguindo um pouco à frente
Passar os trilhos da FEPASA
Deparas com a “Tabajaras”.
E seguindo ela inteira
Até onde a vista vê
Chega-se num sinaleiro
Que dobrado à esquerda
Bem no quarteirão abaixo,
Museu Índia Vanuíre
Contém toda nossa história
Nossos heróis, nossos índios
E todas nossas memórias,
Tudo desde a fundação
E nesse solar sepultado
O fundador Souza Leão
Mas se você não dobrar
A rua no sinaleiro
Lá é a Praça da Bandeira
Tendo no centro a Matriz,
A delegacia de ensino,
Outrora o Grupo Bartira,
Tem-se o espaço “Zé Pretinho”
Bem de lado a sua esquerda
O Paço Municipal
Arquitetura e beleza
Muito verde, a natureza
Por ali também se vê;
Tem quiosques, tem o “PIT”
Pra turista se informar
Dos pontos de toda a cidade
Para ele visitar
Tem-se também TV Câmara
Que nos mantém informados
De todo acontecimento
E que nos dá conhecimento
De todos por nós votados.
Descendo “Caingangs “afora
No primeiro sinaleiro
Tem-se a avenida central
Que ali passa e vai embora
“Tamoios” é o seu nome,
Nasce quase no Hotel Cazuza,
(antigo colégio de Freiras)
Descendo linda e faceira
Tendo ali no seu começo
Uma agencia bancária,
E a Policia Militar,
Um monumento aos tropeiros
Que ali vinham descansar
De suas longas viagens.
Logo após bem na esquina
Nasce uma obra sonhada
Pelos artistas da terra
De Tupã denominada
Nasce o nosso teatro
O nosso espaço das artes
Bem defronte ao estádio
Alonso Carvalho Braga
Tendo ao lado por vizinhos,
O Ginásio Elias Kenaifes
Totalmente reformado
E o corpo de Bombeiros
Que nos protegem a vida,
Nosso meio ambiente,
Eles são sempre os primeiros
Nos salvamentos e incêndios
Tem nosso agradecimento.
Mais abaixo, o cemitério
O primeiro da cidade,
“Cemitério São Pedro”
Onde também são deixados
Os nossos entes amados,
Quando se vão embora, partem
E nos deixam angustiados.
Mas voltando à Avenida
A partir daquela esquina
Que tão linda vai ficar
Bem ao lado do Estádio
Tem um ponto onde noitadas
De luzes, música e festa
Sempre ocorriam por lá,
Era um clube da cidade
Em que só a sociedade
Poderia frequentar
Isso são idos de outrora
Pois a sociedade de agora
Pouco aparece por lá
Em verdade está fechado
Pronto pra ser reformado
E em outra coisa se tornar.
E como dizia a principio
Que a Tamoios segue afora
Descendo rumo a “Aimorés”
Lojas, bancos, bancos lojas
Olhando todas as vitrines
Descem mulheres, meninas
E alguns engravatados
Que devoram os seus pratos
Nos seus horários corridos.
E naquele cruzamento
“Da” Tamoios “e “Aimorés´”
Pra quem desce, à esquerda
Bem lá no fim da baixada
O Clube Marajoara
Agora denominado
Clube dos Comerciários.
E a rua vai embora
Siga as placas;
Logo à esquerda a Santa Casa
Mas não vire, siga em frente
Num posto de gasolina
A rua em V se divide,
(À direita a rua segue
Bairro do sete/Arco Iris
E aeroporto Faria lima),
(E a esquerda um clube
“Bancários” denominado)
Tendo à esquerda o começo
Do Parque Universitário.
Mas daquele cruzamento
Da “Tamoios” e “Aimorés”
Pra quem virar à direita
Chega-se ao INSS
E pra quem inda não para
A rua segue mais longe
Sobe e desce, desce e sobe
Chega ao parque do Atleta.
Passa outro cemitério
Bem recente inaugurado,
Passa pelo Delta Ville
Vai chegar até Parnaso.
Esqueci de mencionar
Que à esquerda do “Atleta”
Após populares casas
Chega-se à Universidade (UNESP).
Se entrares na cidade
Pelo trevo da “CAMAP”
Inicialmente defrontas
Com a Praça dos Japoneses,
E ali escolheres pode
Seguir “Estados Unidos”
Pra se chegar à Avenida,
Ou então tens opção
De entrar no “Parque das Nações”,
Ou seguir “Brasil” afora
Passando por “Nhambiquaras”
“Caingangs” e ““Aimorés”
Pra chegar ao Clube “Termas”
O local das águas quentes
Que se encontra abandonado
Até quando não sei
Se ele será retomado.
Mas se estas vindo de” Marília”
E adentrar nossa cidade
Pelo trevo “Chaparral”
Tens de um lado a Vila Inglesa
Ruas largas, que beleza
Até o pontilhão FEPASA,
Tens do outro o Fred Ville
Um condomínio fechado
E do pontilhão à esquerda
A alguns quarteirões acima
A faculdade FAAP
E à esquerda do pontilhão,
O Cemitério da Saudade.
Alguns pontos que omiti
E que são também importantes
Não foi por esquecimento,
Em outra ocasião volto
Volto em outros momentos
Pra exaltar meu sentimento
De amor por esta cidade.
Terça Feira -09/10/2012
12h42m
VELHOS RETRATOS
Cadeiras na calçada, sentados na rua, ao lado do portão e a mercê da
lua,
E as minhas mãos ansiosas procurando pelas tuas,
O coração em sobressalto, batendo cada vez mais alto e forte,
O seu anel era o pretexto e eu lentamente ia rodando-o nos seus dedos.
Palavras poucas perdiam-se, o silencio é que falava pelos meus
sentimentos,
E no seu olhar às vezes procurava as mesmas emoções que eu sentia,
Doces canções embalavam a ilusão de minha alma,
Enquanto silenciosa e calma a noite compartilhava comigo a
sua energia.
Guardei esses momentos de inocente amor e fantasia,
Não com tristeza, nem com saudade,
Mas como prova de felicidade que eu vivi naqueles dias.
A adolescência, a mocidade, são tempos que por mais que o tempo
passe
Adocicam nossas lembranças, tornam-se lindos retratos,
Abrem de novo velhos sorrisos quando novamente lembrados.
Faustino
Poeta
12/09/2013- quinta-feira - 09h38
NAQUELE PEDAÇO DE RUA
Naquele pedaço de rua
Que guarda a lembrança tua
Onde passei tantas vezes
É que plantei meus desejos
Por anos, dias e meses
Ali sonhei com teus beijos
Com o calor do seu corpo
No teu aconchego em meus braços
É lá que inda deixo meus passos
Na esperança de um dia
Antes que seja tarde
Você ainda me abrace
E me tome por inteiro
Naquele pedaço de rua
Que traz tanta lembrança tua
É lá que deixo os pedaços
Dum coração apaixonado
Traga logo o teu sorriso
E a paz que tanto preciso
Volte nos braços da lua
No amanhecer ou à tarde
No outono ou primavera
A minha alma te espera
Renasce das minhas saudades
290/02/2020 – Sábado -14:06
JANELAS VERDES
Era uma casa, simplesmente,
No meu bairro adolescente
na cidade “Coração”,
de ilusões construída,
E os olhos da minha amada
Se refletiam por nada
Nos jardins e nas janelas.
Era um amor tão criança
Que cresceu junto comigo
Foi dos bancos da escola
À primeira Coca-Cola,
Dos abraços na varanda
Às gingadas nas cirandas
Que brincamos pela vida.
Dos carinhos por acaso
No leve tocar do compasso
De uma dança tão antiga.
Eram verdes os olhos dela,
Da mesma cor das janelas
Que olhei noites a fio.
Meu coração se apressava
Quando ela me fitava
Ou na calçada surgia.
Mas passou tão lentamente
E ficou só refletida
No meu bairro adolescente
Do meu coração adulto.
03/10/2012 - quarta-feira
- 12h52
TRIBUTO A NOSSA TUPÃ
Tupã, quando a noite vem e te abraça,
Todas as tuas luzes acesas como se
fora um céu de estrelas,
Refletem mais e mais a tua beleza,
E por tuas ruas carros e pessoas se
entrelaçam,
E deixam em
tuas esquinas por onde passam,
Sonhos que acalentam os planos de
seus passos.
Tupã, cidade que habita eternamente
nas saudades,
Nos corações de quem já se aconchegou
no teu seio,
De quem quando volta e divisa seus
primeiros traços,
E que já vai com ansiedade te
estendendo os braços
Tupã, que dia a dia a luz
do sol inunda e desperta,
Que se levanta e segue adiante
com fé e confiança,
Que se enfeita toda no ir e vir diário das
pessoas,
Nas expressões felizes, sorrisos e
outras coisas boas,
És dos nossos corações a eterna
chama que nos inflama.
13/03/2013- Quarta-feira – 01h13
CINZAS
Foram dias, meses, anos em que me viste,
Cheguei por assim dizer moço, peito em alvoroço,
Lembranças raras, cálidas manhãs, o sol despontava,
Foram tantos anos em que segui tuas estradas.
E foi aos meus vinte e seis anos o nosso encontro,
Janeiro 77, viagens de trem em finais de semana,
Alguns meses, novos amigos, hotel, trabalho, cinema,
Pacaembu, primeira etapa, uma linda cidade pequena,
Adeus” Ascota”, eis que surge uma mudança na rota,
Lágrimas na partida, peito acelerado; Adeus doces “meninas”,
Novos tempos acenam-me, mais perto de casa agora, Adamantina,
A cada dia mais esperança é que no meu ser brota.
Em princípio hotel Santo Antônio, por lá novos amigos, Edgar, Joel,
Quatro anos ali vividos, entre sorrisos, trabalho e faculdade,
A tarde praça, carona de amigo em Ford Corcel,
Meia-noite já era hora de tomar a condução e regressar pra cidade
coração: -
E foram tantas as manhãs em que eu despertava sonolento,
Eram dois quarteirões apenas até a estação rodoviária,
Sete horas, expresso Adamantina, oito horas, trabalho,
Quatro anos de viagens repletas de bons momentos.
Em 80, diploma no bolso, curso terminado, Tupã me acena,
Aprovada minha transferência, queria ser advogado,
Adeus amigos, novamente coração despedaçado,
Volta o filho ao palco de sua primeira cena.
E por anos e anos, os dias ali foram passados a limpo,
Em cada mesa, em cada canto, o perfume de uma presença,
Um bombom que fosse doado por um amigo,
Uma palavra, um gesto, um sorriso.
Um abraço quando alguém partia,
um bem-vindo, quando alguém chegava.
uma tristeza enorme quando alguém seguia e em estrela se tornava.
É! Foi assim que foram se passando as horas e os dias.
E numa noite, veio a chama, veio o fogo, a labareda,
E num espaço que ainda tudo a saudade reportava,
Por entre a fumaça e as cinzas uma história de memórias então
findava:
Em nossos corações para sempre Nossa Caixa
29/07/2013 –segunda feira- 12h
PAI
Pai.
Vem
comigo viajar nestas lembranças
Vem,
vamos adocicar tanta saudade.
Como se
não existisse tempo e espaço.
São
profundos todos esses nossos laços
É imenso
esse amor, é de verdade
Pai
Senta
aqui ao lado como. antigamente
Tire a
palha, pega o fumo e o canivete
E faz o
teu cigarro enquanto sorridente
Pensa um
causo pra logo contar pra gente
E nossas
retinas tal qual labaredas
Inda tão
ardentes de emoção acesas
Com todas
suas aventuras vividas.
Naquele
seu jeito que inda hoje cativa
Vêm.
Faz de
novo que eu seja aquele menino
Pra que
possa viver tudo novamente
De mãos
dadas neste mundo Pelegrino
Pai
Em meu
coração você vive para sempre
Faustino
Poeta
31/07/2023 - segunda-feira _ 10;38
VERSOS NO TETO
i
Todo horizontal me deito
Me desfio, me desfaço
Carente de um abraço
Dado com todo respeito
Na quietude em meu leito
Essa minha aventura
Pode parecer loucura
Mesmo sem saber se devo
Versos no teto escrevo
Nos momentos de amargura
Faustino Poeta
22/03/2023 - terça-feira -12:33
04/05/2023 -quinta-feira - 09:18
II
Ah! meus invisíveis versos
Que logo quando me deito
Todo horizontal, perfeito
Brotam de modo diversos
Lá de dentro, submersos
Dos meus lencóis os projeto
Tendo o amor por objeto
É assim que os desperto
Da minha alma os liberto
E os estampo em meu teto
Faustino Poeta
22/03/2023 - quarta--feira-23:34
04/05/2023 -quinta--feira - 14:27
III
Enquanto via teu rosto
Bailando em minhas lembranças
Alimentava a esperança
De sentir de novo o gosto
A que havia me proposto
De te trazer bem mais perto
Te amar dum jeito mais certo
E detalhar esta cena
Pra retratar num poema
Versos que vão pro meu teto
Faustino Poeta
26/03/2023 -Domingol 09:51
05/05/2023 - sexta-feira - 08:31
IV
E a porta não se abriu
Meu grito pedindo alento
Pensaste que fosse o vento
Naquela noite de abril
Por isso então não ouviu
Logo, todo horizontal
Pensei seria ideal
Escrever versos no teto
Mesmo não muito concreto
Bem me faria afinal
Faustino Poeta
09/04/2023 - Domingo -00:51/09:57
V
Vibra por dentro meu ser
Quando em saudades me deito
Vem de dentro do meu peito
Palavras prá te dizer
Quão grande é o meu querer
Te dou todo esse calor
Lá do meu interior
Invisível mas concreto
Todo em versos no meu teto
Como uma prova de amor.
Faustino Poeta
30/04/2023- domingo - 09:13
VI
Eu, poeta apaixonado
Pelas letras, poesia
No final de mais um dia
Todo horizontal deitado
Coração descompensado
Co'a falta do teu afeto
Incompleto e inquieto
De saudades que molesta
Prá te ter perto me resta
Escrever versos no teto
Faustino Poeta
02/05/2023 - terça-feira- 12:05
VII
Também não me volte a face
Por favor, não diga, não quero
Meu teto de ti espero
Que os meus versos abrace
Quem sabe a tristeza passe
Neles me coloco inteiro
AH! Fosse ou nao passageiro
Isso dentro do meu peito
Pra fora, de qualquer jeito
Eu expulsava ligeiro
Faustino Poeta
07/05/2023 - domingo - 22:01
VIII
Oh! Meus sonhos, sois poeira
Que o vento assopra sem dó
Hoje horizontal e só
Tento de toda maneira
Esse amor da vida inteira
Reescrever no teto em verso
Mesmo em rumo diverso
Onde a razão ja não cabe
E o coração nada sabe
Tudo é tão controverso.
Faustino Poeta
24/05/2023- quarta-feira - 05:41
IX
Te deixo versos escrito
Toda vez quando me deito
Fogo ardente no meu peito
Um sonho jamais prescrito
O amor por ti é transcrito
De coração, eu nao minto
Verdade mesmo, pressinto
Que nos momentos de calma
É que brota da minha alma
Pro teto , a paixão que sinto
Faustino Poeta
18/06/2023--domingo - 23:10
X
Todo horizontal me deito
Do real eu me retiro
Em você é que me inspiro
Minhas emoções espreito
Fito o teto e me deleito
Nos versos que nele deixo
Coisas de quebrar o queixo
Reflexo de amor, desejo
E é assim que me vejo
Perdido em meu próprio eixo
Faustino Poeta
21/07/2023- sexta-feira - 20:18
XI
Meu teto e eu, eu e meu teto
Tete a tete, face a face
Neste dia em desenlace
Só ele, amigo dileto
Prá me ouvir por completo
Mesmo invisíveis meus versos
Todo em amor submersos
Tudo isso me acalma
Emoções do fundo d'alma
Meus sentimentos diversos
Faustino Poeta
22/07/2023 - sábado- 00:28
XII
Teto, teto, Oh! Meu teto
Toma lá mais este verso
O âmago, meu reverso
Com todo amor e afeto
Por favor, seja discreto
Só você meu confidente
Que me escuta, que me entende
Te conto neste poema
O meu sofrer, minhas penas
Meu amor inconsequente
Faustino Poeta
01/08/2023 - terça-feira - 20:
E AGORA CARLOS
O relógio da matriz badalava dezoito horas. Era
uma tarde ensolarada de janeiro. O ano de 1971 mal começara. Até então dos anos
60 aos 70 tinha sido um período leve, Carlos dedicara-se especialmente aos
estudos. A cidade em que morava era aconchegante, cada rua, cada esquina pra
ele tinha toda uma história que o acompanharia pro resto dos seus dias.
A
família mudara-se para ali quando ainda estava no início dos seus oito anos.
Quantas coisas vividas, quantas brincadeiras, quantos sonhos.
Quando ainda em tempos de grupo escolar Carlos
escreveu seus primeiros versos, coisa boba, sem muito sentido, sem muito
trabalho nas palavras, mas era a semente que nascia.
Já se
interessava pelas aulas de linguagem, era assim que se dizia na época, a
professora adentrava na classe e num cavalete, dia a dia, ia desvendando lindas
gravuras, que lhe despertava histórias, que até então estavam adormecidas.
Cada composição que fazia era uma viagem, isso mesmo, composição: A professora dizia mesmo
assim escolhendo uma figura: Hoje vamos fazer Composição à vista de uma
gravura.
Depois no curso ginasial eram os livros de
português. Logo no início do ano, quando os livros chegavam, Carlos devorava
página por página, cada poesia, cada história ali contidas. E havia poesias
lindas. E havia histórias emocionantes. “Onde há poesia há amor, onde há amor
há poesia”.
As canções foram chegando uma a uma, uma
verdadeira trilha sonora para todos aqueles tempos de vida. Os versos foram
brotando como se fosse um sol adentrando janelas abertas por suas emoções. A
família era todo amor e mesmo na simplicidade que os envolvia podia-se dizer
que todos eram felizes.
Belos
anos dourados aqueles repletos de risos, sonhos e paixões. Afinal qual é o
adolescente que não se apaixona. Quando um olhar vem de encontro, quando mãos
se tocam, quando as pernas tremem e as batidas do coração calam a v oz que
acaba morrendo na garganta. Assim era Carlos.
Os anos
foram voando calendários afora, como borboletas que despertas de casulos saem
pela vida. Não se reconhecia mais como menino, já era um rapaz. O olhar de sua
mãe apreensivo e triste, o seu pai enrolando o cigarro de palha talvez pra
disfarçar a emoção daquele momento. Carlos parado ali frente à frente com a
porta que dava para a rua, refletiu por instantes e se perguntou: Será que
ainda sou capaz de fazer isto”?
E agora Carlos! E agora!
Da soleira pra fora, parecia-lhe um enorme
abismo que ele estava prestes a entrar. As malas estáticas no chão. Os olhos
lacrimejantes. Como era difícil dizer um adeus pra aquilo tudo. Mas era tão
necessário.
Por que será que os filhos crescem e tem que
deixar o aconchego dos pais. Ainda que isso lhe passasse pela cabeça, sabia que
era preciso encarar. Era preciso seguir.
Voltou-se tentando colocar um sorriso no rosto,
que embora por mais que se esforçasse, tinha uma ponta de tristeza. Abraçou sua
mãe como se quisesse retê-la pra sempre em seu coração. Depois se voltou para o
pai e também mergulhou no seu abraço. Guardou pra sempre aquele retrato, os
pais, os irmãos.
Tomou as malas nas mãos e deu um passo. Pronto,
agora era ele e o mundo. Quantas histórias ainda teria pra viver. O trem
passando sob o pontilhão que era a o cartão de boas vindas da cidade, deu um
longo apito. Carlos olhou as casas que pouco a pouco se distanciavam, sufocou
na sua garganta um grito enquanto o vento espalhava lágrimas pela sua face.
Faustino Poeta
09/12/2017 – sábado - 16:45
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